NOSSA VISÃO - 21/05/2018

Retrospectiva

Em relação à economia internacional, na zona do euro, a produção industrial em março cresceu 0,5%, sobre o mês anterior, quando a expectativa era de uma alta de 0,7% e nova revisão do PIB do primeiro trimestre de 2018 reiterou o crescimento de 0,4% sobre o trimestre anterior e de 2,5% na base anual.

Também foi confirmado pela agência Eurostat, que a inflação do consumidor em abril desacelerou para 1,2% na base anual, ficando ainda mais distante da meta de 2% fixada pelo BCE.

Nos EUA, a produção industrial de abril subiu 0,7% e superou a previsão de um avanço de 0,6%, já as vendas no varejo cresceram 0,3% nesse mês, também em relação ao anterior, conforme o previsto.

Nos mercados de ações internacionais, a semana passada foi mais de altas. Enquanto o Dax, índice da bolsa alemã subiu 0,59%, o FTSE-100, da bolsa inglesa avançou 0,70%, o índice S&P 500, da bolsa norte-americana caiu 0,54%, e o Nikkey 225, da bolsa japonesa subiu 0,76%.

Em relação à economia brasileira, dos indicadores parciais de inflação, o IPC-S subiu 0,24% na segunda quadrissemana do mês, sendo que na primeira havia subido 0,32%. Já o IGP-M, acelerou a alta indo de 1,12% na primeira prévia de maio, para 1,20% na segunda, por conta do aumento dos preços no atacado.

Em relação à atividade econômica, o IBC-Br do Banco Central, considerado uma prévia do PIB caiu 0,74% em março, frente a fevereiro e encerrou o primeiro trimestre com uma queda acumulada de 0,13%.

Por sua vez, o Copom, em sua última reunião contrariou os últimos pronunciamentos de seu presidente e acertadamente manteve a taxa Selic em 6,5%, por conta da piora do cenário internacional, com o continuado fortalecimento do dólar.

Para a bolsa brasileira, foi uma semana de queda, com o Ibovespa recuando 2,51%. Assim, a alta acumulada no ano foi de 8,74%. O dólar, por sua vez, subiu 5,04%, levando a alta no ano para 13,36%, ainda com grande influência de fatores externos. O IMA-B Total, por sua vez caiu 1,63% na semana, acumulando alta de 2,22% no ano.

Comentário Focus

No Relatório Focus recém-divulgado, a média dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 3,50% em 2018, frente a 3,44% na semana anterior. Para 2019 a estimativa é de que suba 4,01%, frente a 4,00% na semana anterior.

Para a taxa Selic, o relatório informou que, para o fim de 2018 a taxa Selic estará em 6,25%, como na última pesquisa e em 8% no final de 2019, também como na pesquisa anterior.

Já para o desempenho da economia previsto para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 2,50%, frente a 2,51% na semana anterior. Para 2019 a estimativa é que o PIB cresça 3%, também como na semana anterior.

Para a taxa de câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana estará em R$ 3,43, no fim de 2018, frente a R$ 3,40 no último relatório e em R$ 3,45 no final de 2019, frente a R$ 3,40 na semana anterior.

Para o Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 75 bilhões em 2018, como na última pesquisa e de US$ 80 bilhões em 2019.

Perspectiva

Nesta semana, na zona do euro, teremos a divulgação do PMI industrial e o de serviços em maio.

Nos EUA, também teremos a divulgação do PMI industrial e o de serviços em maio e os pedidos de bens duráveis em abril.

No Brasil, teremos a divulgação dos indicadores parciais de inflação, inclusive do IPCA-15

Tanto no exterior, quanto no Brasil, a agenda de dados econômicos é mais fraca, no entanto segue merecendo total atenção a escalada do dólar nos mercados internacionais e a alta das taxas de juros nos mercados, por conta de maiores expectativas inflacionárias.

Quanto às aplicações financeiras dos RPPS, continuamos a recomendar uma exposição ao vértice de longo prazo, representado pelo IMA-B Total em 15%. E consideramos de 10%, a exposição em fundos de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a ser acompanhado com a maior atenção.

Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos uma exposição de 25% e para os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no IRFM-1 e pelos CDBs uma alocação de 20%. Lembramos que para evitar o desenquadramento aos limites da Resolução CMN nº 4.604/2017, o percentual máximo de alocação em fundos DI passa a ser de 40%.

Permanece a recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo), em detrimento das alocações em vértices mais longos.

Quanto à renda variável, continuamos a recomendar a exposição máxima de 30%, por conta da crescente melhoria das expectativas com a atividade econômica no próximo ano, que deverá refletir em um melhor comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores. Assim, já incluídas as alocações em fundos multimercado (10%) que com a nova resolução ficaram maiores, continua a mesma em fundos de participações - FIP (5%) e em fundos imobiliários FII (5%), sendo que a alocação em ações, com o novo perfil dos fundos multimercado passou a ser de 10%.

Por fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.

Indicadores Diários - 21/05/2018

Índices de Referência - Abril/2018