NOSSA VISÃO - 22/01/2018

Retrospectiva

Para o presidente em exercício da Câmara, Fabio Ramalho, o governo ainda não tem os votos para aprovar a reforma da Previdência e será muito difícil votar a proposta até fevereiro deste ano. Também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, declarou em Nova Iorque, que não vê com otimismo a possibilidade de a Previdência ser votada em fevereiro.

Em relação à economia internacional, na zona do euro, a inflação do consumidor que havia sido de 1,5% na base ano, em novembro, recuou para 1,4% em dezembro.

Nos EUA, a produção industrial aumentou 0,9% em dezembro, frente a outubro, quando a expectativa era de uma evolução de 0,4%. Já o Livro Bege, revelou que a economia dos EUA e a inflação se expandiram a um ritmo modesto a moderado, ente o fim de novembro e o fim de dezembro, enquanto a massa salarial continuou a crescer.

Nos mercados de ações internacionais a semana foi mais de altas. Enquanto o Dax, índice da bolsa alemã avançou 1,43%, o FTSE-100, da bolsa inglesa caiu 0,62%. Mas índice S&P 500, da bolsa norte-americana subiu 0,86% e o Nikkey 225, da bolsa japonesa, 0,65%.

Em relação à economia brasileira, dos indicadores parciais de inflação, o IPC-Fipe desacelerou a alta para 0,49% na segunda quadrissemana do ano, depois de ter registrado 0,55% na primeira. Já o IPC-S acelerou a alta de 0,31% na primeira quadrissemana, para 0,47% na segunda quadrissemana de janeiro. E o IGP-M, com a maior pressão do varejo, teve avanço de 0,82% na segunda prévia do ano, depois de ter registrado 0,75% na primeira.

Quanto ao IBC-Br de novembro, a alta foi 0,49%, acima do que se esperava, no ano, a variação positiva foi de 0,97%..

Para a bolsa brasileira, foi uma nova semana de alta, com o Ibovespa avançando 2,36% e acumulando alta de 6,31% no ano e de 25,88% em doze meses. O dólar, por sua vez, caiu 0,34%, levando a queda no ano para 3%. O IMA-B Total, por sua vez, subiu 0,23% na semana, acumulando alta de 2,25% no ano. 

Comentário Focus

No Relatório Focus recém-divulgado, a média dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 3,95% em 2018, como na semana anterior. Para 2019 a estimativa é de que suba 4,25%, também como na semana anterior.

Para a taxa Selic, o relatório informou que, para o fim de 2018 a taxa Selic estará em 6,75%, como na última pesquisa e 8% no final de 2019, também como na última pesquisa.

Já para o desempenho da economia previsto para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 2,70%, como na semana anterior. Para 2019 a estimativa é que o PIB cresça 2,99%, frente a 2,80% na semana anterior.

Para a taxa de câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana estará em R$ 3,34, no fim de 2018, sendo que no último relatório era de R$ 3,35 e em R$ 3,40 no final de 2019, como na semana anterior.

Para o Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 80 bilhões em 2018 e 2019.


Perspectiva

Nesta semana, na zona do euro, teremos a reunião de política monetária do BCE.

Nos EUA, teremos a divulgação dos pedidos de bens duráveis e a primeira estimativa do PIB do quarto trimestre.

No Brasil, teremos os resultados parciais da inflação, inclusive do IPCA-15.

No exterior, as atenções estarão voltadas para a reunião do BCE e a divulgação do PIB do quarto trimestre dos EUA e no Brasil, o mercado estrará atento a divulgação do IPCA-15 e ao julgamento em segunda instância do ex-presidente Lula, que poderá inviabilizar a sua candidatura à presidência da república.

Quanto às aplicações financeiras dos RPPS, por conta dos ganhos já obtidos com os investimentos em fundos e títulos de prazo mais longo, mesmo com os avanços em janeiro e com as dificuldades na continuação da aprovação das reformas econômicas e do ajuste fiscal, continuamos a recomendar uma exposição ao vértice de longo prazo, representado pelo IMA-B Total em 15%. E consideramos de 10%, a exposição em fundos de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a ser acompanhado com a maior atenção.

Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) a nossa recomendação é de uma exposição de 15%. Já para os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação sugerida é de 30%. Lembramos que para evitar o desenquadramento aos limites da Resolução CMN nº 4.604/2017, o percentual máximo de alocação em fundos DI passa a ser de 40%.

Permanece a recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo), em detrimento das alocações em vértices mais longos.

Quanto à renda variável, continuamos a recomendar a exposição máxima de 30%, por conta da crescente melhoria das expectativas com a atividade econômica no próximo ano, que deverá refletir em um melhor comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores. Assim, já incluídas as alocações em fundos multimercado (10%) que com a nova resolução ficaram maiores, continua a mesma em fundos de participações - FIP (5%) e em fundos imobiliários FII (5%), sendo que a alocação em ações, com o novo perfil dos fundos multimercado passou a ser de 10%.  

Por fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.


Indicadores Diários - 22/01/2018



Índices de Referência - Dezembro/2017