Nossa Visão - 22/10/2018

Retrospectiva

Em relação à economia internacional, na zona do euro, a inflação do consumidor em setembro foi de 2,1% na base anual e de 0,5% na base mensal, enquanto na União Europeia foi de 2,2%.

Nos EUA, em setembro, as vendas no varejo cresceram 0,1% ante agosto, bem abaixo das expectativas e a produção industrial aumentou 0,3% também sobre o mês anterior, conforme as expectativas.

Para os mercados de ações internacionais, a semana passada foi mais de altas. Enquanto o Dax, índice da bolsa alemã subiu 0,26%, o FTSE-100, da bolsa inglesa avançou 0,77% e o índice S&P 500, da bolsa norte-americana, 0,02%. O Nikkey 225, da bolsa japonesa caiu 0,72%.

Em relação à economia brasileira, o IPC-S, depois de ter subido 0,53% na primeira quadrissemana de outubro, desacelerou para 0,52% na segunda. Já o IGP-M, depois de ter subido 1,06% na primeira parcial de outubro, registrou 0,97% na segunda.  E finalmente o IGP-10 subiu 1,43% em outubro, depois de avançar 1,20% em setembro.

E de acordo com o IBGE, o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, cresceu 0,47% em agosto, frente a julho, por conta de melhores resultados do varejo e do setor de serviços.

Para a bolsa brasileira, foi outra semana de alta, com o Ibovespa avançando 1,57%. Assim, o ganho acumulado no ano foi de 10,23% e de 10,25% em doze meses. O dólar, por sua vez, caiu 1,02% trazendo a alta no ano para 12,09%. O IMA-B Total, por sua vez avançou 1,43% na semana, acumulando alta de 9,03% no ano.

Comentário Focus

No Relatório Focus de 19 de outubro, a média dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 4,44% em 2018, frente a 4,43% na semana anterior. Para 2019 a estimativa é de que suba 4,22%, frente a 4,21% na semana anterior.

Para a taxa Selic, o relatório informou que, para o fim de 2018 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa e em 8% no final de 2019, também como na pesquisa anterior.

Já para o desempenho da economia previsto para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 1,34%, como na semana anterior. Para 2019 a estimativa é que o PIB cresça 2,49%, frente a 2,50% na semana anterior.

Para a taxa de câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana estará em R$ 3,75, frente a R$ 3,81 no último relatório e em R$ 3,80 no final de 2019, como na semana anterior.

Para o Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 67 bilhões em 2018, comparado a US$ 68 bilhões na última pesquisa e de US$ 70 bilhões, frente a US$ 76,50 na pesquisa anterior.

Perspectiva

Nesta semana, na zona do euro, teremos a divulgação do PMI industrial e de serviços em outubro, além da reunião do BCE que deliberará sobre as taxas de juros.

Nos EUA teremos a divulgação do Livro Bege, dos pedidos de bens duráveis em setembro e do PIB do terceiro trimestre de 2018.

No Brasil, teremos a divulgação dos indicadores parciais de inflação.

No exterior, a reunião do BCE e a divulgação do PIB americano do terceiro trimestre são os principais eventos. No Brasil teremos apenas os dados parciais de inflação e o segundo turno da eleição presidencial no domingo.

Em relação à alocação dos recursos financeiros dos RPPS, aconselhamos, apesar da queda das taxas de juros no mercado com a perspectiva do resultado da eleição, a manutenção de 15% na exposição aos fundos de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a ser acompanhado com a devida atenção, enquanto não estiver resolvida a disputa eleitoral, bem como a formação de um novo governo.

Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos uma exposição de 30% e para os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação sugerida é de 25%.

Permanece a recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).

Quanto à renda variável, continuamos a recomendar a exposição máxima de 30%, também por conta da melhora da atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais suprem a meta atuarial.

Dessa forma, mantivemos em 10% a sugestão de alocação em fundos multimercado e reduzimos de 5% para 2,5% a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de produtos no mercado. Em compensação e tendo-se em vista o potencial de valorização do segmento com a eleição de candidato pró-mercado elevamos a recomendação do investimento em ações de 10% para 15%.

Para aqueles clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP, recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.

Por fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.

Indicadores Diários - 19/10/18

Índices de Referência - Setembro/2018