Nossa Visão - 12/11/2018

Retrospectiva

Em relação à economia internacional, na zona do euro em setembro, as vendas no varejo ficaram estáveis frente a agosto, quando uma alta de 0,1% era prevista. Na base anual o crescimento foi de 0,8%. 

Nos EUA, o FED manteve a taxa de juros de referência na faixa entre 2% e 2,25% e no comunicado, após a reunião, ressaltou a saúde da economia americana, o que reforça a expectativa que de que haverá uma nova elevação da taxa na reunião de dezembro. 

Para os mercados de ações internacionais, a semana passada foi de leve alta. Enquanto o Dax, índice da bolsa alemã subiu 0,09%, o FTSE-100, da bolsa inglesa avançou 0,16%, o índice S&P 500, da bolsa norte-americana, 2,13% e o Nikkey 225, da bolsa japonesa 0,03%.

Em relação à economia brasileira, o IPC-S, depois de ter subido 0,48% em outubro, avançou 0,43% na primeira quadrissemana de novembro. Já o IGP-M, após ter subido 1,06% na primeira prévia de outubro, caiu 0,11% na primeira prévia de novembro.

Quanto ao IPCA de outubro, a alta foi de 0,45%, com a maior pressão dos transportes. No ano a alta acumulada foi de 3,81% e em doze meses de 4,56%. O INPC, por sua vez, subiu 0,40%, ante 0,30% em setembro.

Foi também divulgada a ata da última reunião do Copom, em que o colegiado concordou que a conjuntura econômica ainda prescreve uma política monetária estimulativa, ou seja, com as taxas de juros abaixo da taxa estrutura.

Para a bolsa brasileira, foi uma semana de realização, com o Ibovespa recuando 3,14%. Assim, o ganho acumulado no ano ficou de 12,09% e de 18,67% em doze meses. O dólar, por sua vez, subiu 1,44% levando a alta no ano para 13,38%. O IMA-B Total, por sua vez caiu 0,34% na semana, acumulando alta de 10,02% no ano.

Comentário Focus

No Relatório Focus de 09 de novembro, a média dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 4,23% em 2018, frente a 4,40% na semana anterior. Para 2019 a estimativa é de que suba 4,21%, frente a 4,22% na semana anterior.

Para a taxa Selic, o relatório informou que, para o fim de 2018 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa e em 8% no final de 2019, também como na pesquisa anterior.

Já para o desempenho da economia previsto para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 1,36%, como na semana anterior. Para 2019 a estimativa é que o PIB cresça 2,50%, também como na semana anterior.

Para a taxa de câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana estará em R$ 3,70, como no último relatório e em R$ 3,76 no final de 2019, frente a R$ 3,80 na semana anterior.

Para o Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 68,5 bilhões em 2018, frente a US$ 67 bilhões na última pesquisa e de US$ 72,5 bilhões, comparado a US$ 70 bilhões na pesquisa anterior.

Perspectiva

Nesta semana, na zona do euro, teremos a divulgação de nova prévia do PIB do terceiro trimestre de 2018, da produção industrial em setembro e da inflação do consumidor em outubro.

Nos EUA teremos a divulgação da inflação do consumidor, da produção industrial e das vendas no varejo em outubro.

No Brasil, teremos a divulgação dos dados parciais de inflação, das vendas no varejo e do IBC-Br em setembro.

No exterior, o PIB da zona do euro, as vendas no varejo e a produção industrial nos EUA são os dados mais relevantes. No Brasil, em semana de feriado, as vendas no varejo e a continuidade da formação da equipe do novo presidente eleito são os eventos a serem acompanhados.

Passada a eleição presidencial, houve reunião do nosso Comitê de Investimento, em que foi decidida uma nova sugestão de alocação em relação aos recursos financeiros dos RPPS.  Assim, passamos a aconselhar o investimento de 25% dos recursos em fundos de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a ser acompanhado com a devida atenção.

Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos ainda uma exposição de 30% e para os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.

Permanece a recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).

Quanto à renda variável, continuamos a recomendar a exposição máxima de 30%, também por conta da melhora da atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da importância do produto como fator de diversificação de portfólio, em um momento em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais suprem a meta atuarial.

Dessa forma, mantivemos em 10% a sugestão de alocação em fundos multimercado e reduzimos de 5% para 2,5% a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de produtos no mercado. Em compensação e tendo-se em vista o potencial de valorização do segmento com a eleição de candidato pró-mercado elevamos a recomendação do investimento em ações de 10% para 15%.

Para aqueles clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP, recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.

Por fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.

Indicadores Diários - 09/11/18

Índices de Referência - Outubro/2018