Nossa Visão - 17/12/2018

Retrospectiva

Em relação à economia internacional, na zona do euro, a produção industrial em outubro subiu 0,2% frente a setembro e 1,2% na base anual, superando a previsão dos analistas que era de uma alta de 0,8%.

Em sua última reunião do ano, o Banco Central Europeu manteve inalteradas as taxas de juros e reiterou o encerramento em dezembro, do programa de compra de dívidas iniciado em 2015 e por meio do qual injetou 2,6 trilhões de euros na economia.

Nos EUA, a inflação do consumidor ficou estagnada em novembro ao registrar 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foi o menor nível de inflação anual desde fevereiro.

Quanto à produção industrial em novembro, a alta de 0,6% frente ao mês anterior foi maior que a prevista, enquanto as vendas no varejo, no mesmo mês subiram 0,2% ante outubro, resultado também acima das expectativas.

Para os mercados de ações internacionais, a semana passada foi de resultados mistos. Enquanto o Dax, índice da bolsa alemã subiu 0,72% e o FTSE-100, da bolsa inglesa 0,99%, o índice S&P 500, da bolsa norte-americana, recuou 1,26% e o Nikkey 225, da bolsa japonesa 1,40%.

Em relação à economia brasileira, o IPC-S, depois de ter tido redução de 0,06% na primeira quadrissemana de dezembro, caiu 0,03% na segunda. Já o IGP-M caiu 1,16% na primeira prévia de dezembro, ante -0,11% na primeira de novembro.

Já as vendas no varejo recuaram 0,4% em outubro, frente a setembro, enquanto o mercado esperava um aqueda de 0,8%. Na comparação anual as vendas no varejo tiveram alta de 1,9%.

Em sua última reunião do ano, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 6,50%, na mediada em que o risco inflacionário segue sob controle e a atividade econômica continua em recuperação gradual.

Para a bolsa brasileira, foi também uma semana de queda, com o Ibovespa caindo 0,75%. Assim, o ganho acumulado no ano foi de 14,46% e de 20,44% em doze meses. O dólar, por sua vez, subiu 0,32% levando a alta no ano para 18,17%. O IMA-B Total, por sua vez subiu 0,65% na semana, acumulando alta de 11,90% no ano.

Comentário Focus

No Relatório Focus de 14 de dezembro, a média dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 3,71% em 2018, como na semana anterior. Para 2019 a estimativa é de que suba 4,07%, também como na semana anterior.

Para a taxa Selic, o relatório informou que, para o fim de 2018 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa e em 7,50%% como na pesquisa anterior.

Já para o desempenho da economia previsto para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 1,30%, como na semana anterior. Para 2019 a estimativa é que o PIB cresça 2,55%, frente a 2,53% na semana anterior.

Para a taxa de câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana estará em R$ 3,83 frente a R$ 3,78 no último relatório e em R$ 3,80 no final de 2019, como na semana anterior.

Para o Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 72 bilhões em 2018, frente a US$ 70 bilhões na última pesquisa e de US$ 77,20 bilhões, frente a US$ 76 bilhões na pesquisa anterior.

Perspectiva

Nesta semana, na zona do euro, teremos a última revisão da inflação do consumidor em novembro.

Nos EUA teremos a divulgação de nova estimativa do PIB do terceiro trimestre de 2018 e a última reunião do FED em 2018.

No Brasil, teremos a divulgação dos dados parciais de inflação e da ata da última reunião do Copom.

No exterior, a reunião do FED, em que nova elevação da taxa básica de juros será decidida é a divulgação mais importante. No será a ata da última reunião do Copom.

Em relação às aplicações dos RPPS, aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a ser acompanhado com a devida atenção.

Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos ainda uma exposição de 30% e para os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.

Permanece a recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).

Quanto à renda variável, continuamos a recomendar a exposição máxima de 30%, também por conta da melhora da atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais suprem a meta atuarial.

Dessa forma, mantivemos em 10% a sugestão de alocação em fundos multimercado e reduzimos de 5% para 2,5% a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de produtos no mercado. Em compensação e tendo-se em vista o potencial de valorização do segmento com a eleição de candidato pró-mercado elevamos a recomendação do investimento em ações de 10% para 15%.

Para aqueles clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP, recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.

Por fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.

**Aos clientes que investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.

Indicadores Diários -14/12/18

Índices de Referência -Novembro/2018