NOSSA VISÃO - 14/01/2019

Retrospectiva 

Em relação à economia internacional, na zona do euro, as vendas no varejo em novembro, ao subir 0,6% frente outubro, acabaram decepcionando na medida em que as expectativas apontavam uma alta de 1,5%. 

Ainda em novembro, foi divulgado que a taxa de desemprego na região caiu para 7,9%, depois de ter registrado 8% em outubro. A agência Eurostat estimou haver 16,5 milhões de desempregados no bloco econômico. 

Nos EUA, a inflação do consumidor fechou em 1,9% em 2018, ao cair 0,1% em dezembro. Em 2017 a inflação do consumidor tinha sido de 2,1%. A inflação deste ano, ligeiramente abaixo da meta de 2% do FED, sugere que em 2019 o aumento dos juros pode ser feito com maior cautela. 

Para os mercados de ações internacionais, a semana que passou foi de altas. Enquanto o Dax, índice da bolsa alemã subiu 1,11% e o FTSE-100, da bolsa inglesa 1,18%, o índice S&P 500, da bolsa norte-americana, avançou 2,54% e o Nikkey 225, da bolsa japonesa 4,08%.

Em relação à economia brasileira, o IPC-S terminou a primeira semana de janeiro com alta de 0,44%, depois de registrar alta de 0,29% em dezembro. Já o IGP-M teve na primeira prévia do ano, alta de 0,03%, depois de ter recuado 1,16% na primeira prévia de dezembro.

Já o IPCA de dezembro teve alta de 0,15%, depois de ter registrado queda de 0,21% em novembro. No ano a variação do IPCA foi  de 3,75%.

Conforme o IBGE, a produção industrial do Brasil em novembro subiu 0,1% frente a outubro e interrompeu uma sequência de quatro meses de queda.

Para a bolsa brasileira, foi também uma semana de alta, com o Ibovespa subindo 1,98% e alcançando a variação positiva de 18,03% em doze meses. O dólar, por sua vez, caiu 1,29% na semana e o IMA-B Total subiu 0,96%.

Comentário Focus

No Relatório Focus de 11 de janeiro, a média dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 4,02% em 2019, frente a 4,01% na semana anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 4,00%, como na semana anterior.

Para a taxa Selic, o relatório informou que, no fim de 2019 a taxa Selic estará em 7,00%, como na última pesquisa e em 2020 em 8,00%% também como na pesquisa anterior.

Já para o desempenho da economia previsto para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 2,57%, frente a 2,53% na semana anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,50%, como na semana anterior.

Para a taxa de câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana estará em R$ 3,80 no final do ano, como no último relatório e também em R$ 3,80 no final de 2020, novamente como na semana anterior.

Para o Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 80 bilhões em 2019, frente a US$ 79,50 bilhões na última pesquisa e de US$ 85 bilhões em 2020, frente a US$ 84,44 bilhões na pesquisa anterior.


Perspectiva

Nesta semana, na zona do euro, teremos a divulgação da produção indústria em novembro e da última estimativa da inflação do consumidor em dezembro de 2018.

Nos EUA, teremos a divulgação das encomendas à indústria em novembro, que não foram divulgadas na semana que passou, das vendas no varejo e da produção industrial em dezembro e do Livro Bege.

No Brasil, teremos a divulgação dos dados parciais de inflação, além das vendas no varejo em novembro e do IBC desse mês.  

No exterior, os indicadores de atividade dos EUA são a divulgação mais importante e no Brasil também os indicadores de atividade são os dados mais relevantes.   

Em relação às aplicações dos RPPS, diante de um novo governo que se inicia e das expectativas que o fato gera, aconselhamos, por enquanto investimento de 25% dos recursos em fundos de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a ser acompanhado com a devida atenção.

Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos ainda uma exposição de 30% e para os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.

Permanece a recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).

Quanto à renda variável, continuamos a recomendar a exposição máxima de 30%, também por conta da melhora da atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais suprem a meta atuarial.

Dessa forma, mantivemos em 10% a sugestão de alocação em fundos multimercado e reduzimos de 5% para 2,5% a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de produtos no mercado. Em compensação e tendo-se em vista o potencial de valorização do segmento com a eleição de candidato pró-mercado elevamos a recomendação do investimento em ações de 10% para 15%.

Para aqueles clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP, recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.

Por fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.


* Aos clientes que investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.

** Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.

Indicadores Diários -11/01/19

 

Índices de Referência -Dezembro/2018