NOSSA VISÃO - 21/01/2019
Retrospectiva
Em relação à economia internacional, na zona do euro, a produção industrial da região sofreu queda de 1,7% em novembro, em relação a outubro, o maior recuo em quase três anos. A previsão era de queda de 1%.
Quanto à inflação do consumidor em dezembro de 2018, a Eurostat confirmou que ela ficou em apenas 1,6% na base anual, abaixo da meta de 2% do BCE e abaixo de 1,8% que era esperado.
Nos EUA, com a paralização parcial de órgãos do governo, a divulgação de alguns dados ficou prejudicada. Mas o FED informou que a produção industrial subiu 1,1% em dezembro, o maior ganho em dez meses.
O FED também divulgou o Livro Bege deste mês, em que constatou que o
mercado de trabalho ficou mais forte nos EUA, com empresas encontrando
dificuldades para encontrar trabalhadores em qualquer nível de qualificação e
que os salários em geral cresceram moderadamente.
Para os mercados
de ações internacionais, a semana que passou foi novamente de altas. Enquanto o
Dax, índice da bolsa alemã subiu 2,92% e o FTSE-100, da bolsa inglesa 0,72%, o índice
S&P 500, da bolsa norte-americana, avançou 2,87% e o Nikkey 225, da bolsa japonesa
1,550%.
Em relação à
economia brasileira, o IPC-S terminou a segunda semana de janeiro com alta de 0,52%,
depois de registrar alta de 0,44% na primeira. Já o IGP-M teve na segunda
prévia do ano, queda de 0,01%, depois de ter recuado 1,15% na segunda prévia de
dezembro.
Conforme o
Banco Central, o IBC-Br, considerado prévia do PIB, cresceu 0,29% em novembro,
em relação a outubro e 1,86% em relação ao mesmo mês do ano que passou. Em doze
meses a alta foi de 1,44%.
E conforme o
IBGE, as vendas no varejo em novembro registraram o melhor resultado para um
mês de novembro, em dezoito anos. O crescimento foi de 2,9% frente outubro,
aquecido também pela Black Friday.
Para a bolsa
brasileira, foi também uma semana de alta, com o Ibovespa subindo 2,60% e
alcançando a variação positiva de 18,32% em doze meses. O dólar, por sua vez, subiu
0,93% na semana e o IMA-B Total 0,57%.
Comentário Focus
No Relatório Focus de 18 de janeiro, a média
dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 4,01% em 2019, frente a 4,02% na semana
anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 4,00%, como na semana anterior.
Para a taxa Selic, o relatório informou que,
no fim de 2019 a taxa Selic estará em 7,00%, como na última pesquisa e em 2020
em 8,00%% também como na pesquisa anterior.
Já para o desempenho da economia previsto
para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 2,53%, frente a 2,57% na
semana anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,60%, frente a
2,50% na semana anterior.
Para a taxa de
câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$
3,75 no final do ano, frente a R $ 3,80 no último relatório e em R$ 3,78 no
final de 2020, frente a R$ 3,80 na semana anterior.
Para o
Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 79,50
bilhões em 2019, frente a US$ 80 bilhões na última pesquisa e de US$ 82,44
bilhões em 2020, frente a US$ 85 bilhões na pesquisa anterior.
Perspectiva
Nesta semana,
na zona do euro, teremos a divulgação do PMI composto de janeiro e a realização
de nova reunião do BCE para deliberar sobre as taxas de juros.
Nos EUA, teremos
a divulgação do PMI composto de janeiro e dos pedidos de bens duráveis em
dezembro.
No Brasil, teremos
a divulgação dos dados parciais de inflação, especialmente o IPCA-15.
Em semana de
feriados tanto nos EUA, quanto em São Paulo, no exterior, a reunião do BCE é o
evento mais importante e no Brasil a divulgação parcial da inflação de janeiro.
Em relação às
aplicações dos RPPS, diante de um novo governo que se inicia e das expectativas
que o fato gera, aconselhamos por enquanto investimento de 25% dos recursos em
fundos de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration,
produto a ser acompanhado com a devida atenção.
Para os vértices médios
(IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos ainda uma exposição de 30% e para
os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados
no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.
Permanece a
recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das
políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é
oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao
risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).
Quanto à renda
variável, continuamos a recomendar a exposição máxima de 30%, também por conta
da melhora da atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor
comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também
pelo fato da importância do produto como fator de diversificação de portfolio,
em um momento em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais suprem a
meta atuarial.
Dessa forma,
mantivemos em 10% a sugestão de alocação em fundos multimercado e reduzimos de
5% para 2,5% a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca
disponibilidade de produtos no mercado. Em compensação e tendo-se em vista o
potencial de valorização do segmento com a eleição de candidato pró-mercado
elevamos a recomendação do investimento em ações de 10% para 15%.
Para aqueles
clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP,
recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.
Por fim, cabe
lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do
capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme
as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda
variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser
direcionadas efetivamente para o longo prazo.
* Aos clientes que
investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite
máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.
** Aos clientes que
investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual
superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na
proporção desse excesso.
Indicadores Diários -18/01/19
Índices de Referência -Dezembro/2018