NOSSA VISÃO - 25/02/2019
Retrospectiva
E foi apresentado pelo governo o projeto de reforma da Previdência, que além de apresentar novas idades mínimas para a aposentadoria, estabelece as bases para criação de um sistema de capitalização da previdência no futuro. Conforme o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, a economia total a ser obtida em dez anos, coma a reforma, é superior a R$ 1 trilhão, se o projeto for aprovado na íntegra.
Em relação à economia internacional, na zona do euro, o PMI composto, que mede a atividade nos setores industrial e de serviços, subiu de 51 pontos em janeiro para 51,4 em fevereiro, atingindo o maior nível em três meses, segundo dados preliminares.
Por seu turno, a inflação do consumidor subiu efetivamente 1,4% anualizado, em janeiro, perdendo força em relação ao aumento de 1,6% em dezembro.
Nos EUA, as encomendas de bens duráveis subiram 1,2% em dezembro, frente a novembro, sendo o maior ganho desde agosto do ano passado.
Em relação à ata da última reunião do FED, seus membros expressaram maior preocupação com os riscos para o crescimento econômico dos EUA, levando-os a sinalizar uma suspensão dos aumentos da taxa de juros e discutiram também a redução da carteira de US$ 4 trilhões em títulos do governo.
Para os mercados
de ações internacionais, a semana que passou foi novamente de altas, em sua
maioria. Enquanto o Dax, índice da bolsa alemã subiu 1,40%, o FTSE-100, da
bolsa inglesa recuou 0,80%. Já o índice S&P 500, da bolsa norte-americana, avançou
0,62% e o Nikkey 225, da bolsa japonesa 2,51%.
Em relação à
economia brasileira, o IPC-S, depois de ter avançado 0,34% na segunda
quadrissemana de fevereiro, subiu 0,29% na terceira. Já o IPC-Fipe, que subiu
0,58% na segunda quadrissemana de fevereiro, terminou a terceira com alta de
0,53%.
Conforme o
IBGE, o IPCA-15 registrou alta de 0,34% em fevereiro, após ter avançado 0,30%
em janeiro. É a menor alta para um mês de fevereiro desde a implantação do
Plano Real.
Para a bolsa brasileira, foi novamente uma semana de alta, com o Ibovespa subindo 0,37%. No ano a variação positiva é de 11,38% e em doze meses de 12,13%. O dólar, por sua vez, subiu 0,74% na semana e o IMA-B Total caiu 0,42%.
Comentário Focus
No Relatório Focus de 15 de fevereiro, a
média dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 3,85% em 2019, frente a
3,87% na semana anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 4,00%, como na
semana anterior.
Para a taxa Selic, o relatório informou que,
no fim de 2019 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa e em 2020
em 8,00%, também como na pesquisa anterior.
Já para o desempenho da economia previsto
para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 2,48%, como na semana
anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,65%, frente a 2,58% na
semana anterior.
Para a taxa de
câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$
3,70 no final do ano, como no último relatório e em R$ 3,75 no final de 2020, de
novo como na semana anterior.
Para o
Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 80
bilhões em 2019, frente a US$ 79,50 bilhões na última pesquisa e de US$ 83,76
bilhões em 2020, frente a US$ 82,52+ bilhões na pesquisa anterior.
Perspectiva
Nesta semana,
na zona do euro, teremos a divulgação da inflação do consumidor em fevereiro e
da taxa de desemprego em janeiro.
Nos EUA, teremos
a divulgação dos pedidos de bens duráveis em janeiro e de prévia do PIB do
quarto trimestre de 2018.
No Brasil, teremos
a divulgação dos dados parciais de inflação, a taxa de desemprego em janeiro e
do PIB do quarto trimestre de 2018.
No exterior, o
evento mais importante da semana é a divulgação da prévia do PIB americano no
quarto trimestre de 2018, assim como no Brasil.
Em relação às
aplicações dos RPPS aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos
de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a
ser acompanhado com a devida atenção.
Para os vértices médios
(IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos ainda uma exposição de 30% e para
os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados
no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.
Permanece a
recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das
políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é
oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao
risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).
Quanto à renda
variável, continuamos a recomendar a exposição máxima de 30%, também por conta
da melhora da atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor
comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também
pelo fato da importância do produto como fator de diversificação de portfolio,
em um momento em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais suprem a
meta atuarial.
Dessa forma,
mantivemos em 10% a sugestão de alocação em fundos multimercado e reduzimos de
5% para 2,5% a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca
disponibilidade de produtos no mercado. Em compensação e tendo-se em vista o
potencial de valorização do segmento com a eleição de candidato pró-mercado
elevamos a recomendação do investimento em ações de 10% para 15%.
Para aqueles
clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP,
recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.
Por fim, cabe
lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do
capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme
as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda
variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser
direcionadas efetivamente para o longo prazo.
* Aos clientes que
investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite
máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.
** Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.
Indicadores Diários -22/02/19
Índices de Referência -Janeiro/2019