NOSSA VISÃO - 18/03/2019
Retrospectiva
Em relação à
economia internacional, na zona do euro, a agência Eurostat informou que a
produção industrial da região em janeiro cresceu 1,4% frente a dezembro e caiu
1,1% em comparação a janeiro de 2018, menos do que as estimativas dos analistas.
Já a inflação
do consumidor em fevereiro foi confirmada em uma alta de 1,5% na base anual,
após subir 1,4% em janeiro.
Nos EUA, as
vendas no varejo subiram 0,2% em janeiro, frente a dezembro, impulsionadas
principalmente pelo aumento nas compras de material para construção. Quanto a
produção industrial em fevereiro, a alta de 0,1% acabou ficando abaixo da
previsão de alta de 0,3%.
Em relação a
inflação do consumidor em fevereiro, a alta de 0,2% dos preços, ante janeiro
era prevista pela maioria dos analistas consultados .
Para os mercados
de ações internacionais, a semana que passou foi de altas. Enquanto o Dax,
índice da bolsa alemã subiu 1,99%, o FTSE-100, da bolsa inglesa avançou 1,74%.
Já o índice S&P 500, da bolsa norte-americana subiu 2,89% e o Nikkey 225,
da bolsa japonesa 2,02%.
Em relação à
economia brasileira, o IPC-S, depois de ter avançado 0,45% na primeira
quadrissemana de março, subiu 0,57% na segunda. Já o IPC-Fipe, que terminou fevereiro
com alta de 0,54%, avançou também 0,54% na primeira quadrissemana de março. O
IGP-M, por sua vez, subiu 0,71% na primeira prévia de março, após ter subido
0,20% na primeira prévia de fevereiro.
Conforme o
IBGE, o IPCA de fevereiro subiu 0,43%, depois de ter subido 0,32% em janeiro.
As maiores pressões vieram dos preços dos alimentos e bebidas. No ano o avanço
ficou em 0,75% e em doze meses em 3,89%.Já o INPC subiu 0,54% em fevereiro,
0,90% no ano e 3,94% em doze meses.
Quanto ás
vendas no varejo, de dezembro para janeiro a alta foi de 0,4% e de 1,97% em
doze meses, ambos os resultados melhores do que as estimativas.
Para a bolsa
brasileira, foi outra semana de alta, com o Ibovespa subindo 3,96% e atingindo
novo recorde. No ano a variação positiva é de 12,80% e em doze meses de 16,79%.
O dólar, por sua vez, caiu 0,86% na semana e o IMA-B Total subiu 1,28%.
Comentário Focus
No Relatório Focus de 15 de março, a média
dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 3,89% em 2019, frente a 3,87% na semana
anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 4,00%, como na semana anterior.
Para a taxa Selic, o relatório informou que,
no fim de 2019 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa e em 2020
em 7,75%, frente a 8% na pesquisa anterior.
Já para o desempenho da economia previsto
para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 2,01%, frente a 2,28% na
semana anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,80%, frente a 2,70%
na semana anterior.
Para a taxa de
câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$
3,70 no final do ano, como no último relatório e em R$ 3,75 no final de 2020, de
novo como na semana anterior.
Para o
Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 80
bilhões em 2019, como na última pesquisa e de US$ 82,30 bilhões em 2020, frente
a US$ 82,52 bilhões na pesquisa anterior.
Perspectiva
Nesta semana,
na zona do euro, teremos a divulgação do PMI industrial e o de serviços, em março.
Nos EUA, também
teremos a divulgação do PMI industrial e do de serviços, em março, além da
realização de nova reunião do FED sobre a política monetária..
No Brasil,
além dos dados parciais de inflação, teremos nova reunião do Copom, além da
divulgação do IBC-Br de janeiro.
No exterior, o
evento mais importante será a reunião do FED, em que a taxa básica de juros
deverá ser mantida e no Brasil será a reunião do Copom, em que a taxa Selic
também deverá ser mantida.
Em relação às
aplicações dos RPPS aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos
de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a
ser acompanhado com a devida atenção.
Para os vértices médios
(IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos ainda uma exposição de 30% e para
os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados
no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.
Permanece a recomendação
de que, com a devida cautela e respeitados os limites das políticas de
investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é oportuna a
avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao risco de
crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).
Quanto à renda
variável, continuamos a recomendar a exposição máxima de 30%, também por conta
da melhora da atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor
comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também
pelo fato da importância do produto como fator de diversificação de portfolio,
em um momento em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais suprem a
meta atuarial.
Dessa forma,
mantivemos em 10% a sugestão de alocação em fundos multimercado e reduzimos de
5% para 2,5% a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca
disponibilidade de produtos no mercado. Em compensação e tendo-se em vista o
potencial de valorização do segmento com a eleição de candidato pró-mercado elevamos
a recomendação do investimento em ações de 10% para 15%.
Para aqueles
clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP,
recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.
Por
fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o
rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo
prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as
realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas
de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.
* Aos clientes que
investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite
máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.
** Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.
Indicadores Diários -15/03/19
Índices de Referência -Fevereiro/2019