NOSSA VISÃO - 25/03/2019
Retrospectiva
Conforme havia
dito, o governo entregou ao Congresso Nacional, na semana que passou a proposta
de reforma da previdência dos militares, em que visa economizar R$ 97,3 bilhões
ao longo de 10 anos. Entretanto, com a reestruturação das carreiras militares,
a economia líquida seria de R$ 10,4 bilhões em 10 anos.
Está prevista
para esta semana, o início da análise da PEC da reforma mais ampla da
previdência, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois das
recentes turbulências entre o Executivo e o Legislativo, espera-se que os
ânimos se acalmem.
Em relação à
economia internacional, na zona do euro, foi divulgado o PMI composto que
engloba a indústria e o setor de serviços. Depois de marcar 51,9 pontos em
fevereiro, o índice desacelerou para 51,3 pontos em março, bem abaixo da
expectativa de 51,8 pontos. A contração na indústria foi o que colaborou mais.
Nos EUA, os
pedidos industriais aumentaram ligeiramente em janeiro, ao crescer 0,1% frente
a dezembro, enquanto os analistas esperavam aumento de 0,2%.
Quanto a
reunião do FED, o colegiado decidiu manter a taxa básica de juros na faixa
entre 2,25% e 2,5% ao ano, ao mesmo tempo em que abandonou as projeções de novas
altas da taxa para este ano, dado o risco de desaceleração da economia.
Para os mercados
de ações internacionais, a semana que passou foi de quedas. Enquanto o Dax,
índice da bolsa alemã caiu 2,75%, o FTSE-100, da bolsa inglesa recuou 0,29%. Já
o índice S&P 500, da bolsa norte-americana caiu 0,77%, enquanto o Nikkey
225, da bolsa japonesa subiu 0,82%.
Em relação à
economia brasileira, o IPC-S, depois de ter avançado 0,57% na segunda
quadrissemana de março, subiu 0,61% na terceira. O IGP-M, por sua vez, subiu 1,06%
na segunda prévia de março, após ter subido 0,55% na segunda prévia de
fevereiro.
Conforme o
Banco Central, o IBC-Br, considerado prévia do PIB, caiu 0,41% em janeiro, em
relação a dezembro. Na comparação com o ano passado, o índice teve alta de
0,79% e em doze meses registrou crescimento de 1%.
Quanto à
reunião do Copom, o primeiro encontro sob o comando de Roberto campos Neto, o
novo presidente do BC, o colegiado decidiu por unanimidade manter a taxa Selic
em 6,50% ao ano e justificou a decisão pela cautela, serenidade e perseverança
nas decisões de política monetária, inclusive diante de cenários voláteis.
Para a bolsa
brasileira, foi uma semana de forte queda, com o Ibovespa caindo 5,45%. No ano a
variação positiva é de 6,55% e em doze meses de 11,09%. O dólar, por sua vez, subiu
1,23% na semana e o IMA-B Total caiu 0,68%.
Comentário Focus
No Relatório Focus de 22 de março, a média
dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 3,89% em 2019, como na semana
anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 4,00%, também como na semana
anterior.
Para a taxa Selic, o relatório informou que,
no fim de 2019 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa e em 2020
em 7,50%, frente a 7,75% na pesquisa anterior.
Já para o desempenho da economia previsto
para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 2,00%, frente a 2,01% na
semana anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,78%, frente a 2,80%
na semana anterior.
Para a taxa de
câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$
3,70 no final do ano, como no último relatório e em R$ 3,75 no final de 2020, de
novo como na semana anterior.
Para o
Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 81
bilhões em 2019, frente a US$ 80 bilhões na última pesquisa e de US$ 83,38
bilhões em 2020, frente a US$ 82,30 bilhões na pesquisa anterior.
Perspectiva
Nesta semana,
na zona do euro, teremos a divulgação de prévia da inflação do consumidor em março.
Nos EUA, teremos
a divulgação de nova estimativa do PIB do quarto trimestre de 2018.
No Brasil,
além dos dados parciais de inflação, teremos a divulgação da ata da última
reunião do Copom e da taxa de desemprego em fevereiro.
No exterior, o
evento mais importante será a divulgação de nova estimativa do PIB americano e no
Brasil será a divulgação da ata da última reunião do Copom, em que a taxa Selic
foi mantida.
Em relação às
aplicações dos RPPS aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos
de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a
ser acompanhado com a devida atenção.
Para os vértices médios
(IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos ainda uma exposição de 30% e para
os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados
no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.
Permanece a
recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das
políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é
oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao
risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).
Quanto à renda
variável, continuamos a recomendar a exposição máxima de 30%, também por conta
da melhora da atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor
comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também
pelo fato da importância do produto como fator de diversificação de portfolio,
em um momento em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais suprem a
meta atuarial.
Dessa forma,
mantivemos em 10% a sugestão de alocação em fundos multimercado e reduzimos de
5% para 2,5% a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca
disponibilidade de produtos no mercado. Em compensação e tendo-se em vista o
potencial de valorização do segmento com a eleição de candidato pró-mercado
elevamos a recomendação do investimento em ações de 10% para 15%.
Para aqueles
clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP,
recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.
Por
fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o
rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo
prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as
realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas
de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.
* Aos clientes que
investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite
máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.
** Aos clientes que investem em Fundos de
Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada,
reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.
Indicadores Diários -22/03/19
Índices de Referência -Fevereiro/2019