NOSSA VISÃO - 27/05/2019
Retrospectiva
Em relação à
economia internacional, na zona do euro, o crescimento empresarial acelerou
ligeiramente neste mês, mas não tanto quanto o esperado. O PMI composto
preliminar avançou de 51,5 pontos em abril, para 51,6 pontos em
maio.
Nos EUA, na
ata da última reunião do FED, logo no início de maio, a autoridade monetária
disse pretender deixar as taxas de juros do país no atual patamar de entre
2,25% e 2,50% por algum tempo, mesmo se as condições globais melhorarem.
Para os mercados
de ações internacionais, a semana que passou foi de quedas. Enquanto o Dax,
índice da bolsa alemã caiu 1,86% e o FTSE-100, da bolsa inglesa 0,96%, o índice
S&P 500, da bolsa norte-americana recuou 1,17% e o Nikkey 225, da bolsa japonesa
0,63%.
Em relação à
economia brasileira, o IPC-S subiu 0,34% na terceira quadrissemana de maio,
depois de ter subido 0,42% na segunda. O IPC-Fipe, por sua vez, subiu 0,08% na terceira
semana de maio, depois de ter subido 0,15% na segunda. E o IPCA-15 de maio, ao
subir 0,35% teve a maior alta para p mês desde 2016. Os grupos saúde e
transportes tiveram os maiores impactos na alta.
Para a bolsa
brasileira, acabou sendo uma semana de boa recuperação. O Ibovespa subiu 4,04%
nesse período. No ano a variação positiva é de 6,53% e em doze meses de 18,67%.
O dólar, por sua vez, caiu 1,28% na semana e o IMA-B Total subiu 1,08%.
Comentário Focus
No Relatório Focus de 24 de maio, a média
dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 4,07% em 2019, como na semana
anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 4,00%, também como na semana
anterior.
Para a taxa Selic, o relatório informou que,
no fim de 2019 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa e em 2020
em 7,25%, como na pesquisa anterior.
Já para o desempenho da economia previsto
para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 1,23%, frente a 1,24% na
semana anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,50%, como na
semana anterior.
Para a taxa de
câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$
3,80 no final do ano, como no último relatório e em R$ 3,80 no final de 2020, também
como na semana anterior.
Para o
Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 83,29
bilhões em 2019, frente a US$ 82 bilhões na última pesquisa e de US$ 84,36
bilhões em 2020, frente a US$ 82,52 bilhões na pesquisa anterior.
Perspectiva
Nesta semana,
na zona do euro, teremos a divulgação da confiança do consumidor em maio.
Nos EUA, teremos
a divulgação de nova estimativa do PIB do primeiro trimestre de 2019.
No Brasil, serão
divulgados os dados parciais de inflação, a taxa de desemprego em abril e o PIB
do primeiro trimestre de 2019.
No exterior e
no Brasil, o evento mais importante da semana será a divulgação do PIB do
primeiro trimestre de 2019.
Em relação às
aplicações dos RPPS, aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos
de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a
ser acompanhado com a devida atenção por conta das posições assumidas pelo
gestor.
Para os vértices médios
(IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos uma exposição de 30% e para os
vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no
IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.
Permanece a
recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das
políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é
oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao
risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).
Quanto à renda
variável, recomendamos uma exposição máxima de 30%, por conta da melhora da
atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos
lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da
importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento
em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais superam a meta atuarial.
Para a
alocação em fundos multimercado a nossa sugestão é de 10% dos recursos e de 2,5%
a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de
produtos no mercado enquadrados para os RPPS. Para o investimento em ações, a
nossa recomendação é de 15% dos recursos, tendo-se em vista o potencial de
crescimento das empresas neste e nos próximos anos, como já dissemos, em uma
conjuntura de baixa inflação e taxas de juros nas mínimas históricas. Muito
embora ainda esteja no campo das expectativas, a implementação das reformas
estruturais demandadas pelo mercado em muito também poderão influenciar o
comportamento positivo das ações, no futuro.
Para aqueles
clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP,
recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.
Por fim, cabe
lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do
capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme
as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda
variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser
direcionadas efetivamente para o longo prazo.
* Aos clientes que
investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite
máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.
** Aos clientes que
investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual
superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na
proporção desse excesso.
Indicadores Diários -24/05/19
Índices de Referência -Abril/2019