NOSSA VISÃO - 10/06/2019
Retrospectiva
Em relação à
economia internacional, na zona do euro, a inflação do consumidor desacelerou
de 1,7% em abril, para 1,2% em maio. Foi mais que o esperado e aumentou a
preocupação do BCE com a saúde da economia da região.
Em relação ao
PIB da região no primeiro trimestre de ano, nova revisão apontou crescimento de
0,4% frente ao trimestre anterior e de 1,2% na comparação anual. Já a taxa de
desemprego, que era de 7,7% em março, caiu para 7,6% em abril, o menor nível
desde agosto de 2008.
Em nova
reunião de política monetária, o BCE manteve em 0% a taxa de refinanciamento e
em -0,4% a taxa de depósito. Após a reunião, houve declaração de que os juros
podem permanecer no atual patamar até meados de 2020.
E finalmente,
as vendas no varejo na zona do euro tiveram queda de 0,4% em abril, após terem
permanecido estáveis no mês anterior.
Nos EUA, as
encomendas à indústria caíram 0,8% em abril, pressionadas pela demanda fraca
por equipamentos de transporte, computadores, eletrônicos e metais primários. A
criação de novas vagas de trabalho não agrícola, por sua vez, desacelerou com
força em maio, quando apenas 75 mil foram criadas, quando a expectativa era de
180 mil.
Quanto ao
Livro Bege, o banco central norte-americano disse que suas pesquisas de
contatos com empresários apontaram uma ligeira melhora no crescimento
econômico, descrito como modesto no período de abril até meados de maio.
Para os mercados
de ações internacionais, a semana que passou foi de recuperações. Enquanto o
Dax, índice da bolsa alemã subiu 2,72% e o FTSE-100, da bolsa inglesa 2,38%, o índice
S&P 500, da bolsa norte-americana avançou 4,41% e o Nikkey 225, da bolsa japonesa
1,38%.
Em relação à
economia brasileira, o IPC-S desacelerou de 0,22% de alta na última
quadrissemana de maio, para 0,12% na primeira de junho. Já o IPCA de maio foi
de 0,13% depois de registrar 0,57% em abril. Foi o menor nível para um mês de
maio em treze anos. No ano a alta acumulada é de 2,22% e de 4,66% em doze
meses.
Quanto ao
INPC, a alta de maio foi de 0,15%, ante 0,60% em abril. No ano o índice
acumulou alta de 2,44% e de 4,78% em doze meses.
Conforme o
IBGE, a produção industrial brasileira subiu 0,3% em abril, frente a março,
resultado que veio abaixo das expectativas.
Para a bolsa
brasileira, foi uma semana de alta. O Ibovespa subiu 0,82% nesse período. No
ano a variação positiva é de 11,30% e em doze meses de 34,11%. O dólar, por sua
vez, caiu 2,12% na semana e o IMA-B Total subiu 0,86%.
Comentário Focus
No Relatório Focus de 07 de junho, a média
dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 3,89% em 2019, frente a 4,03% na semana
anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 4,00%, também como na semana
anterior.
Para a taxa Selic, o relatório informou que,
no fim de 2019 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa e em 2020
em 7,00%, frente a 7,25% na pesquisa anterior.
Já para o desempenho da economia previsto
para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 1,00%, frente a 1,13% na
semana anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,23%, frente a
2,50% na semana anterior.
Para a taxa de
câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$
3,80 no final do ano, como no último relatório e em R$ 3,80 no final de 2020, também
como na semana anterior.
Para o
Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 83,60
bilhões em 2019, frente a US$ 82,65 bilhões na última pesquisa e de US$ 84,36
bilhões em 2020, como na pesquisa anterior.
Perspectiva
Nesta semana,
na zona do euro, teremos a divulgação da produção industrial em abril.
Nos EUA, teremos
a divulgação da inflação do consumidor, das vendas no varejo e da produção
industrial em maio.
No Brasil, serão
divulgados os dados parciais de inflação, as vendas no varejo e o IBC-Br em
abril.
No exterior teremos
uma agenda mais tranquila, em que a principal divulgação é a da inflação do
consumidor americano. No Brasil, o
evento econômico mais importante da semana será o IBC-Br de abril, considerado
uma prévia do PIB. Em relação à reforma da Previdência, o relator na Câmara,
Samuel Moreira, afirmou que irá fazer novas alterações em seu parecer e, por
isso, adiará a apresentação de seu texto do início da semana para quinta-feira.
Em relação às
aplicações dos RPPS aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos
de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a
ser acompanhado com a devida atenção por conta das posições assumidas pelo
gestor.
Para os vértices médios
(IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos uma exposição de 30% e para os
vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no
IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.
Permanece a
recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das
políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é
oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao
risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).
Quanto à renda
variável, recomendamos uma exposição máxima de 30%, por conta da melhora do
ambiente econômico neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos
lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da
importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento
em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais superam a meta atuarial.
Para a
alocação em fundos multimercado a nossa sugestão é de 10% dos recursos e de 2,5%
a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de
produtos no mercado enquadrados para os RPPS. Para o investimento em ações, a
nossa recomendação é de 15% dos recursos, tendo-se em vista o potencial de
crescimento das empresas neste e nos próximos anos, como já dissemos, em uma
conjuntura de baixa inflação e taxas de juros nas mínimas históricas. Muito embora
ainda esteja no campo das expectativas, a implementação das reformas
estruturais demandadas pelo mercado em muito também poderão influenciar o
comportamento positivo das ações, no futuro.
Para aqueles
clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP,
recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.
Por
fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o
rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo
prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as
realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas
de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.
* Aos clientes que
investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite
máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.
** Aos clientes que investem em Fundos de
Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada,
reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.
Indicadores Diários -07/06/19
Índices de Referência -Maio/2019