NOSSA VISÃO - 15/07/2019
Retrospectiva
Com um placar
muito acima do esperado (setenta e um votos acima do necessário) foi aprovado
pela Câmara dos Deputados, em primeiro turno, o texto base da reforma da
Previdência. A votação em segundo turno irá ocorrer no retorno do recesso
parlamentar.
Cinco dos
destaques foram aprovados, sendo que o texto voltou à comissão especial da
casa, quando foi consolidado e também aprovado. Estima-se ao redor de 850
bilhões a economia que a reforma deverá produzir nas contas públicas nos
próximos dez anos.
Em relação à
economia internacional, a zona do euro, de acordo com o FMI, deverá ter
crescimento econômico fraco neste ano, por conta dos crescentes riscos devido
às tensões comerciais, ao Brexit e à vulnerabilidade da Itália.
Nos EUA, a
inflação do consumidor foi de apenas 0,1% em junho, mas o núcleo teve variação
de 0,3%, contra 0,1% que era esperado. O preço dos aluguéis, vestuário e
veículos usados se fortaleceram no mês, ajudando a compensar a fraqueza nos
preços dos alimentos e da energia.
Para os mercados
de ações internacionais, a semana que passou foi mais de quedas. Enquanto o
Dax, índice da bolsa alemã recuou 1,95% e o FTSE-100, da bolsa inglesa 0,62%, o
índice S&P 500, da bolsa norte-americana subiu 0,78%, mas o Nikkey 225, da
bolsa japonesa caiu 0,28%.
Em relação à
economia brasileira, o IPC-S acelerou para 0,05% na primeira quadrissemana de em
julho, depois de ter caído 0,02% no mês anterior. Já o IGP-M subiu 0,40% na
primeira prévia, depois de ter subido 0,73% no mês anterior.
Quanto ao IPCA,
a queda nos preços dos alimentos e combustíveis fez a inflação de junho ser a
menor do ano. A alta foi de apenas 0,01%, abaixo ainda do 0,12% registrado em
maio. No primeiro semestre a inflação brasileira foi de 2,23% e de 3,37% em
doze meses. Já o INPC também subiu 0,01% em junho, 2,45% no ano e 3,31% em doze
meses.
Conforme o
IBGE, as vendas do comércio varejista caíram 0,1% em maio, frente a abril, mas
na comparação com 2018 tiveram alta de 1%.
Para a bolsa
brasileira, a semana foi de ligeira baixa. O Ibovespa caiu 0,18%, reduzindo a variação
acumulada no ano para 18,23% e a de doze meses para 35,66%. O dólar, por sua
vez, caiu 1,97% na semana e o IMA-B Total subiu 0,67%.
Relatório Focus
No Relatório Focus de 12 de julho, a média
dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 3,82% em 2019, frente a 3,80% na semana
anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 3,90%, contra 3,91% na semana
anterior.
Para a taxa Selic, o relatório informou que,
no fim de 2019 a taxa Selic estará em 5,50%, como na pesquisa anterior e em
2020 em 6,00%, também como na pesquisa anterior.
Já para o desempenho da economia previsto
para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 0,81%, frente a 0,82% na
semana anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,10%, frente a
2,20% na semana anterior.
Para a taxa de
câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$
3,80 no final do ano, como no último relatório e em R$ 3,80 no final de 2020, também
como na semana anterior.
Para o
Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 85
bilhões em 2019, como na última pesquisa e de US$ 85,56 bilhões em 2020, frente
a US$ 84,68 bilhões na pesquisa anterior.
Perspectiva
Nesta semana,
na zona do euro, teremos a divulgação da inflação do consumidor em junho.
Nos EUA, teremos
a divulgação das vendas no varejo e da produção industrial em junho, bem como
do Livro Bege.
No Brasil, serão
divulgados os dados parciais de inflação e IBC-Br de maio.
No exterior, o
Livro Bege nos dará uma ideia sobre o andamento da economia norte americana em
maio-junho e no Brasil, com o recesso parlamentar o foco do mercado estará em
novas medidas que o governo prepara.
Em relação às
aplicações dos RPPS aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos
de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a
ser acompanhado com a devida atenção por conta das posições assumidas pelo
gestor.
Para os
vértices de longo prazo (especificamente o IMA-B Total) passamos agora a
recomendar uma exposição de 10%.
Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) reduzimos
a recomendação para uma exposição de 25% e para os vértices de curto prazo,
representados pelos fundos DI, pelos referenciados no IRFM-1 e pelos CDBs a
alocação agora sugerida é de 10%.
Permanece a
recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das
políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é
oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao
risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).
Quanto à renda
variável, recomendamos uma exposição máxima de 30%, por conta da melhora do
ambiente econômico neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos
lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da
importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento
em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais superam a meta atuarial.
Para a
alocação em fundos multimercado a nossa sugestão é de 10% dos recursos e de 2,5%
a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de
produtos no mercado enquadrados para os RPPS. Para o investimento em ações, a
nossa recomendação é de 15% dos recursos, tendo-se em vista o potencial de
crescimento das empresas neste e nos próximos anos, como já dissemos, em uma
conjuntura de baixa inflação e taxas de juros nas mínimas históricas. Muito
embora ainda esteja no campo das expectativas, a implementação das reformas
estruturais demandadas pelo mercado em muito também poderão influenciar o
comportamento positivo das ações, no futuro.
Para aqueles
clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP,
recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.
Por
fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o
rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo
prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as
realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas
de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.
* Aos clientes que
investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite
máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.
** Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.
Indicadores Diários -12/07/19
Índices de Referência -Junho/2019