NOSSA VISÃO - 22/07/2019
Retrospectiva
Com o
Legislativo em recesso no Brasil, as atenções dos mercados locais e também dos
internacionais se voltam para a divulgação dos diversos indicadores
macroeconômicos, principalmente aqueles indicativos da atividade. Neste momento
os principais bancos centrais estão preparados para reduzir as suas taxas de
juros, se for necessário.
Em relação à
economia internacional, a zona do euro, o índice de preços ao consumidor subiu
0,2% em junho contra maio e teve variação de 1,3% no ano, depois de ter subido
1,2% na base anual, no mês anterior.
Nos EUA, as
vendas no varejo aumentaram acima da previsão em junho, ao registrar avanço de
0,4%, o quarto aumento mensal consecutivo. Já a produção industrial nesse mês
ficou estável, apesar de que uma alta era esperada.
Foi também
divulgado o Livro Bege pelo FED, que reportou que a economia norte-americana
tem crescido em ritmo modesto nos últimos meses e que a inflação segue fraca,
mas indicando perspectivas positivas em geral.
Para os mercados
de ações internacionais, a semana que passou foi de quedas. Enquanto o Dax,
índice da bolsa alemã recuou 0,51% e o FTSE-100, da bolsa inglesa 0,04%, o índice
S&P 500, da bolsa norte-americana caiu 1,23% e o Nikkey 225, da bolsa japonesa
1,01%.
Em relação à
economia brasileira, o IPC-S acelerou para 0,14% na segunda quadrissemana de em
julho, depois de ter registrado avanço de 0,05% na primeira. Já o IGP-M subiu
0,53% na segunda prévia, depois de ter subido 0,75% na segunda prévia do mês
anterior.
Conforme o Banco
Central, o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, subiu 0,54% em maio, frente a
Abril e foi a primeira elevação do índice no atual governo.
Para a bolsa
brasileira, a semana foi também de baixa. O Ibovespa caiu 0,44%, reduzindo a variação
acumulada no ano para 17,71% e a de doze meses para 31,67%. O dólar, por sua
vez, caiu 0,12% na semana e o IMA-B Total caiu 0,03%.
Relatório Focus
No Relatório Focus de 19 de julho, a média
dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 3,78% em 2019, frente a 3,82% na semana
anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 3,90%, como na semana anterior.
Para a taxa Selic, o relatório informou que,
no fim de 2019 a taxa Selic estará em 5,50%, como na pesquisa anterior e em
2020 em 5,75%, comparado a 6% na pesquisa anterior.
Já para o desempenho da economia previsto
para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 0,82%, frente a 0,81% na
semana anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,10%, como na
semana anterior.
Para a taxa de
câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$
3,75 no final do ano, frente a R$ 3,80 no último relatório e em R$ 3,80 no
final de 2020, também como na semana anterior.
Para o
Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 85
bilhões em 2019, como na última pesquisa e de US$ 84,20 bilhões em 2020, frente
a US$ 85,56 bilhões na pesquisa anterior.
Perspectiva
Nesta semana,
na zona do euro, teremos reunião do BCE, sobre taxa de juros e a divulgação da
confiança do consumidor em julho.
Nos EUA, teremos
a divulgação do PIB do segundo trimestre de 2019 e dos pedidos de bens duráveis
em junho.
No Brasil, serão
divulgados os dados parciais de inflação, inclusive do IPCA-15 .
No exterior, a
reunião do BCE em que novos estímulos à economia poderão ser discutidos, é o
principal evento e no Brasil a divulgação do IPCA-15..
Em relação às
aplicações dos RPPS aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos
de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a
ser acompanhado com a devida atenção por conta das posições assumidas pelo
gestor.
Para os
vértices de longo prazo (especificamente o IMA-B Total) passamos agora a
recomendar uma exposição de 10%.
Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) reduzimos
a recomendação para uma exposição de 25% e para os vértices de curto prazo,
representados pelos fundos DI, pelos referenciados no IRFM-1 e pelos CDBs a
alocação agora sugerida é de 10%.
Permanece a
recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das
políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é
oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao
risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).
Quanto à renda
variável, recomendamos uma exposição máxima de 30%, por conta da melhora do
ambiente econômico neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos
lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da
importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento
em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais superam a meta atuarial.
Para a
alocação em fundos multimercado a nossa sugestão é de 10% dos recursos e de 2,5%
a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de
produtos no mercado enquadrados para os RPPS. Para o investimento em ações, a
nossa recomendação é de 15% dos recursos, tendo-se em vista o potencial de
crescimento das empresas neste e nos próximos anos, como já dissemos, em uma
conjuntura de baixa inflação e taxas de juros nas mínimas históricas. Muito
embora ainda esteja no campo das expectativas, a implementação das reformas
estruturais demandadas pelo mercado em muito também poderão influenciar o
comportamento positivo das ações, no futuro.
Para aqueles
clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP,
recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.
Por
fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento
do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo,
conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas
em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno
devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.
* Aos clientes que
investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite
máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.
** Aos clientes que investem em Fundos de
Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada,
reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.
Indicadores Diários -19/07/19
Índices de Referência -Junho/2019